domingo, 28 de junho de 2015

chegou aquela época...

o ano letivo aqui é dividido em termos. são 4, no total.

estamos terminando o segundo.

daí, são duas semanas de férias (para quem vai à escola, pelo menos) e começa o terceiro termo.

então que é a hora ideal para as crianças decidirem o que vão querer fazer no próximo termo.

eu fiz uma tabela com as atividades extra curriculares e dei para eles escolherem 3 cada.

escolheram, escolheram, escolheram. a gente ia ter que ter poderes de teletransporte para fazer o que eles queriam. todos querem coisas que acontecem na mesma hora, no mesmo dia, em cantos diferentes da cidade. duro.

chegaram em um acordo, cada um escolheu uma coisa e os 3 fariam juntos.
"juntos", porque ou o z(7) ou a m(11) teria que fazer em horário separado por causa da idade.

descobrimos que tênis de mesa não aceita crianças menores de 10 anos. até aceita, mas não recomenda. então a escolha do z foi cortada. m queria aula de ponto cruz (é, eu não sei) e a maldita "escola" não tem telefone e não responde email. j(10) foi o único que conseguiu matrícula no que queria - programação.

segunda opção do z foi cama elástica. mas aí descobriu que tem uma aula de tae kwon do sem luta e quis fazer. mas m se recusa. ok, m, pode fazer tênis de mesa. segunda opção da m foi pintura, mas não tem uma maldita escola de artes que dê aula só de pintura. é tudo uma mistureba de artes. mas ok, m aceitou.
o pai foi tentar fazer a matrícula e tchã-rã! não consegue porque a programação é velha.

ô, coisa.

mas acreditem, está muito melhor que foi no primeiro termo.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Bicicleta

Z(7, quase 8) aprendeu a andar de bicicleta.

Aproveitei que fez um sol e mandei todo mundo pra fora. M(11) aproveitou e foi ensinar o irmão a usar a bicicleta comprada há tempos.

Ficaram lá e, em 40 minutos ele estava pedalando sozinho.

M ficou cheia de orgulho, Z também e até J, que estava brincando com a caçula, ficou feliz.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Flor cadáver

no jardim de inverno no parque aqui da cidade, floresceu a amorphalus titanum, mais conhecida como corpse flower (flor cadáver).


é a maior flor conhecida, e é rara.
o nome vem do cheiro que ela emana, de carne podre. 

ela ficou num floresce, não floresce por uma semana. as crianças e eu na maior expectativa, vendo todos os dias se abria ou não.

quando começou a abrir, terça, fomos lá ver. ainda estava meio fechada e quase não dava para sentir o cheiro. mas dava para ver as moscas se agarrando nela.

hoje, quinta, fomos de novo. ela estava assim, como nessa foto (que é Wikipedia). o cheiro não é tão forte quanto a gente esperava, mas era bem cheiro de carne. e ela é bem grande. 
é forte se a gente chega bem perto, mas só na parte vermelha, mesmo. por baixo, nada.
o pai precisou levantar cada uma das crianças para sentir o cheiro de pertinho. 

m. ficou horrorizada de esperar na fila, dentro da estufa, com a flor cheirando. os meninos não estavam em aí e a c. estava mais ocupada vendo os peixinhos do lago de dentro da estufa do que vendo a flor.

lá tinha umas fotos de como a flor é por dentro, mostrando as partes, a anatomia e falando mais sobre ela.

saíram só falando do cheiro. haha. 

terça-feira, 9 de junho de 2015

sobre qualidade.

(mais de um mês se passou da última postagem…. tsc tsc tsc)

alguns anos atrás, quando m(11) e j(10) ainda estavam na escola, lembro que j. voltou pra casa e, em uma conversa, soltou que não gostava de j*stin b*eber porque ele canta mal.

eu, que tentava só oferecer música (e literatura, comida, passeios, etc) de qualidade, fiquei meio sem ação. ok, ele canta mal. mas pera….. quando foi que ele ouviu uma música do dito?
perguntei. ele disse que nunca tinha ouvido, mas uma amiga da sala falou.

me deu um negócio.
fiquei meio indecisa. não sabia se aceitava isso, porque a música não tem a qualidade que eu procuro pra oferecer aos meus filhos, ou se ficava horrorizada por causa da falta de conhecimentos gerais e opinião própria do meu filho mais cheio de opiniões.

pensei, debati comigo mesma. e em mais ou menos 10 minutos, era claro pra mim: ele ter a opinião dele era mais importante do que a bolha de qualidade na qual eles eram criados. estourei tudo de uma vez. procurei um clipe (mas só deixei ouvirem, nada é tão radical assim comigo) e chamei todo mundo pra ouvir.
falei que quem cantava era o tal, e perguntei o que eles acharam. m. não achou nada demais e foi embora. j. disse que ok, ele não canta tão mal e eu não detestei a música (argh). z(7) disse que gostou e ficou cantarolando o refrão a tarde toda.

a partir desse dia, eu deixei de controlar a qualidade das coisas que eles escolhem. se eles querem ler di*rio de um banana, vai lá. se quer ver moranguinho, vai. se quer ouvir música melequenta (na minha opinião), vai.
eles vão. eles formam a opinião deles. se eles gostam, eles gostam. ué. quem sou eu para dizer que assim ou assado? a vida não é deles? meu papel é guiar, ajudar, nunca colocar num caminho que eu escolhi.

e todos os dias, eu ainda preciso me lembrar disso.
sim, ainda.
quando m. reclama que eu estou ouvindo the beatles de novo (ela detesta). ou quando j. quer ver um filme que eu acho muito idiota. ou quando z. coloca uma roupa toda furada, manchada e que não combina pra ir passear. ou quando c. decide que não vai jantar por uma semana, só comer uma fruta.
e tantas outras vezes……