quarta-feira, 26 de agosto de 2015

YuGiOh

Meus meninos são obcecados por uma coisa de cada vez. Teve a vez do Lego, em que eles ficavam o dia todo. Teve a vez do Knex, do Power Rangers, do Wii, do Xbox, do Minecraft, do Wataru, dos bonecos palito com poderes, do Pokémon. Agora é a vez do Yu Gi Oh.

Eles viram o desenho, leram o mangá e agora resolveram fazer as cartinhas para jogarem. Ficaram uma boa semana fazendo as cartas em todos os momentos que podiam e estão há outra semana jogando.

Eu achava ruim que eles não encontravam nada que eles gostassem muito, algo que os deixasse focados, interessados. A verdade é que eles não gostaram de nada do que eu quero que eles gostem, porque eles são focados e interessados, sim.
Foi só lembrar o quanto tempo eles passam fazendo uma coisa quando gostam.

Aí me perguntam o que eles ganham com isso. Bom, muita coisa. Primeiro que eles leram muito. Eles também aprenderam várias palavras novas. Pensaram em como e fizeram as cartas - inglês, artes, matemática, pesquisa. Decidiram as regras do jogo (e essa parte demorou mais alguns dias), o que precisou de lógica, tentativa e erro, discussão, resolução de conflitos.

A época do Pokémon rendeu milhares de agendas sobre Pokémons. A fase do Wataru e do Power Rangers fez com que eles se exercitassem muito mais que o normal. A fase do Wii e do Xbox ajudou a resolverem conflitos, ajudarem a C, auto controle, cuidados com eletrônicos e muitas conversas sobre energia elétrica, vitamina D, exercícios, visão.
Quanto mais eu penso, mais coisa eu vejo que eles fazem.

:)

domingo, 23 de agosto de 2015

Das últimas semanas

Faz quase um mês que não escrevo nada aqui, mas com bons motivos.
Estamos reformando a cozinha, ocupados procurando armários (ou alternativas), crianças fazendo os cursos, amigos e algumas doenças foram o que aconteceu.

Andamos por milhares de lojas de armários de cozinhas. Algumas com as crianças, outras sem (enquanto eles estão em algum curso). Eles ficaram junto, ouvindo sobre os diferentes acabamentos, cores, preços, materiais. Talvez alguma coisa tenha ficado.
Também compramos uma mesa de jantar. Só faltam as cadeiras. Ela foi usada, mas é mega linda. Crianças ajudaram a tirar do carro e trazer pra dentro de casa. Ela é muito pesada. Tivemos algumas lições, do tipo não carregar móveis descalço, não colocar o peso nas costas, etc.

Dos cursos que eles estão fazendo, M(11) ama pintura. É quase uma aula particular. São pouquíssimas crianças. Ela fez duas aulas sozinha. Agora que a melhor amiga começou a fazer junto, então, é só amor. Mas também está curtindo muito fazer programação. É a única menina da turma e o professor é só elogios.
J(10) e Z(8) também adoram programação. Agora usam o tempo do video game para fazer jogos e outras coisas. E estão fazendo cada vez mais coisa, o que é legal.

Um amigo deles está internado, doente. Fomos visitar e eles ficaram meio chocados com o hospital. C(3) ficou morta de medo. Ela, que ama elevadores, entrou encolhidinha e ficou escondida atrás de mim até a hora de ir embora. E isso porque é um hospital de criança, todo colorido, com bichinhos e brinquedos.

E J(10) esteve meio doente, um pouco de diarréia no começo da semana. Só de manhã. Achamos que era só comida. Só que dois dias depois, M(11) começou a vomitar. Delícia. Junto com isso, o eletricista veio arrumar a fiação para a reforma da cozinha. M. melhorou, e agora foi a vez da C(3). É vômito e diarréia. Só falta Z(8).

Ontem veio o pedreiro demolir paredes. A sujeira foi tanta, mas tanta. Crianças ajudaram - mais ou menos - a tirar o entulho de casa e levar até o lixo, a limpar e a cuidar da C. Coitados, meio doentes. E a poeira….. Foi de matar.

Hoje já ficaram o dia todo fora de casa por causa da poeira, tirando as vezes em que C precisou entrar pra usar o banheiro.

Mês que vem vem o sogro e um sobrinho passar 10 dias aqui e só volto depois disso, provavelmente.

terça-feira, 4 de agosto de 2015

scratch!

tem um site (scratch) que ensina programação.

minhas crianças começaram a fazer um curso de programação visual e eles usam esse programa em aula.

eu achei que m(11) ia achar muito sem graça.
mas não.
ela chegou em casa e, no dia seguinte, começou a programar. fez uns programinhas bobos, é verdade, mas eles acharam muito engraçado.
na aula, ela era a única que estava programando pela primeira vez pelo scratch, mas o professor disse que o programa dela era o mais "bonito". super artístico.

e assim eles vão descobrindo coisas novas. e eu também.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

semaninha corrida

essa semana que passou foi a primeira semana do termo. como esperado, bem corrida.

a gente tinha decidido que cada um ia escolher uma coisa para fazer por termo e os três iam fazer juntos, mas acabou que decidiram fazer só uma coisa juntos.
só a segunda é "livre". estamos entre unschoolers group, tae kwon do, pintura, programação, st. johns e tênis de mesa.

essa semana vai ser menos corrida, espero, já mais acostumados à voltar à rotina.

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sobre a cachorra. bom, ela estava fugindo três vezes por semana. na última vez, eu desisti. disse que já tinha dado, que ela não queria mais morar com a gente e a gente ia ter que dar ela pra alguém.
choraram horrores e decidiram que iam tentar mais uma vez, eles iam cuidar melhor dela.

já tem um mês que ela não foge.

j(10), que eu duvidava que ia cuidar mesmo, já que ele não gosta de fazer nada que envolva sair do sofá, sai de manhã e à tarde para passear. m(11), que eu achava que ia fazer, não faz nem com reza. ela disse que ia brincar 3~5 vezes por dia com a lemon, mas brinca uma. duas, em dias bons. já z(8), que disse que ia treinar a bichinha, não faz nunca. nunca. e quando a gente lembra, ele reclama, chora e vai embora.

enfim, ainda estamos no lucro.

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c(3) decidiu que queria uma bicicleta de pedal. compramos uma baratinha. ela não conseguiu se equilibrar e pedalar ao mesmo tempo, detestou o pedal batendo na perna dela e não quer mais. haha. voltou pra bicicleta sem pedal.

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terça fomos ao último monster book fair, que é uma feira de livros usados com livros que custam até 3 dólares. tinha alguns livros novos que eram mais caros, doados das editoras para a feira, mas todos os usados custavam até 3 dólares. enchemos 6 sacolas de livros (foram uns 60 livros) por 100 dólares.

voltamos com livros sobre astronomia, mais um dicionário, jardinagem, animais, histórias, mitologia, receitas, comics, curiosidades. agora estão se deliciando.
j.(10) não largou a coleção de garfield que comprou.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

minecraft

esse foi o jogo com melhor custo benefício até agora.
os 4 jogam. c(3) ainda não joga, só fica destruindo o que os irmãos constróem, mas os outros 3 jogam quase diariamente.

já construíram coisas incríveis, aprenderam várias coisas.

m(11) agora está trabalhando nos parques da disn ey. está ficando bem bonitinho, com coisas funcionando, tipo a catraca da entrada.

e vamos indo...

segunda-feira, 13 de julho de 2015

"Férias"

Agora aqui são férias escolares.

O que, para a gente, significa amigos.

Não que sejam muitos, mas bom, eles têm os amigos de sempre, que vão à escola, e agora estão livres.

Agora, acho, acabou. Talvez.

Foi bem gostoso, crianças se divertiram. E também tivemos alguns contratempos, mas enfim.

terça-feira, 7 de julho de 2015

Workshops das últimas semanas

As crianças têm andado ocupadas.
Agora são férias, então têm vários cursos, oficinas, workshops e afins de curta duração por aqui.

Os meninos estão fazendo robótica e stop motion. M(11) se recusou a fazer isso, mas quer fazer impressão 3D que vai ter em agosto. Esses são grátis, e muito bons - e perto de casa, na biblioteca pública de um bairro aqui do lado. Todas as férias são recheadas de atividades legais para as crianças, a gente só precisa procurar.

Hoje e amanhã, o workshop é de jóia. Hoje eles fizeram um (ou mais, haha) anel de cobre e um anel de prata. No de prata, eles vão colocar uma pedrinha. E também vão fazer um pingente. Eles AMARAM. Nunca fui buscar os três juntos em alguma coisa e ter a mesma resposta positiva dos 3. Tinha mais duas meninas lá e a mais velha reclamou quando a mãe chegou porque não queria ir embora. haha.
Foi bem legal, eles tiveram que pegar uma placa de cobre, fazer os desenhos, deixar no formato de anel, soldar, lixar, dar acabamento…. Esse foi só pra treinar. No de prata, foi o mesmo processo, mas já mais experientes, fizeram uma coisa mais bonitinha. Ficaram super orgulhosos. E ficaram bem lindos, mesmo. Quando a gente chegou para buscá-los, M estava polindo o anel de cobre dela, orgulhosa do brilho. J. estava com óculos de aumento e cortando um tubo de prata para colocar no anel dele (é o tubo que segura a pedrinha) e Z estava martelando o anel para ficar redondinho.

domingo, 28 de junho de 2015

chegou aquela época...

o ano letivo aqui é dividido em termos. são 4, no total.

estamos terminando o segundo.

daí, são duas semanas de férias (para quem vai à escola, pelo menos) e começa o terceiro termo.

então que é a hora ideal para as crianças decidirem o que vão querer fazer no próximo termo.

eu fiz uma tabela com as atividades extra curriculares e dei para eles escolherem 3 cada.

escolheram, escolheram, escolheram. a gente ia ter que ter poderes de teletransporte para fazer o que eles queriam. todos querem coisas que acontecem na mesma hora, no mesmo dia, em cantos diferentes da cidade. duro.

chegaram em um acordo, cada um escolheu uma coisa e os 3 fariam juntos.
"juntos", porque ou o z(7) ou a m(11) teria que fazer em horário separado por causa da idade.

descobrimos que tênis de mesa não aceita crianças menores de 10 anos. até aceita, mas não recomenda. então a escolha do z foi cortada. m queria aula de ponto cruz (é, eu não sei) e a maldita "escola" não tem telefone e não responde email. j(10) foi o único que conseguiu matrícula no que queria - programação.

segunda opção do z foi cama elástica. mas aí descobriu que tem uma aula de tae kwon do sem luta e quis fazer. mas m se recusa. ok, m, pode fazer tênis de mesa. segunda opção da m foi pintura, mas não tem uma maldita escola de artes que dê aula só de pintura. é tudo uma mistureba de artes. mas ok, m aceitou.
o pai foi tentar fazer a matrícula e tchã-rã! não consegue porque a programação é velha.

ô, coisa.

mas acreditem, está muito melhor que foi no primeiro termo.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Bicicleta

Z(7, quase 8) aprendeu a andar de bicicleta.

Aproveitei que fez um sol e mandei todo mundo pra fora. M(11) aproveitou e foi ensinar o irmão a usar a bicicleta comprada há tempos.

Ficaram lá e, em 40 minutos ele estava pedalando sozinho.

M ficou cheia de orgulho, Z também e até J, que estava brincando com a caçula, ficou feliz.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Flor cadáver

no jardim de inverno no parque aqui da cidade, floresceu a amorphalus titanum, mais conhecida como corpse flower (flor cadáver).


é a maior flor conhecida, e é rara.
o nome vem do cheiro que ela emana, de carne podre. 

ela ficou num floresce, não floresce por uma semana. as crianças e eu na maior expectativa, vendo todos os dias se abria ou não.

quando começou a abrir, terça, fomos lá ver. ainda estava meio fechada e quase não dava para sentir o cheiro. mas dava para ver as moscas se agarrando nela.

hoje, quinta, fomos de novo. ela estava assim, como nessa foto (que é Wikipedia). o cheiro não é tão forte quanto a gente esperava, mas era bem cheiro de carne. e ela é bem grande. 
é forte se a gente chega bem perto, mas só na parte vermelha, mesmo. por baixo, nada.
o pai precisou levantar cada uma das crianças para sentir o cheiro de pertinho. 

m. ficou horrorizada de esperar na fila, dentro da estufa, com a flor cheirando. os meninos não estavam em aí e a c. estava mais ocupada vendo os peixinhos do lago de dentro da estufa do que vendo a flor.

lá tinha umas fotos de como a flor é por dentro, mostrando as partes, a anatomia e falando mais sobre ela.

saíram só falando do cheiro. haha. 

terça-feira, 9 de junho de 2015

sobre qualidade.

(mais de um mês se passou da última postagem…. tsc tsc tsc)

alguns anos atrás, quando m(11) e j(10) ainda estavam na escola, lembro que j. voltou pra casa e, em uma conversa, soltou que não gostava de j*stin b*eber porque ele canta mal.

eu, que tentava só oferecer música (e literatura, comida, passeios, etc) de qualidade, fiquei meio sem ação. ok, ele canta mal. mas pera….. quando foi que ele ouviu uma música do dito?
perguntei. ele disse que nunca tinha ouvido, mas uma amiga da sala falou.

me deu um negócio.
fiquei meio indecisa. não sabia se aceitava isso, porque a música não tem a qualidade que eu procuro pra oferecer aos meus filhos, ou se ficava horrorizada por causa da falta de conhecimentos gerais e opinião própria do meu filho mais cheio de opiniões.

pensei, debati comigo mesma. e em mais ou menos 10 minutos, era claro pra mim: ele ter a opinião dele era mais importante do que a bolha de qualidade na qual eles eram criados. estourei tudo de uma vez. procurei um clipe (mas só deixei ouvirem, nada é tão radical assim comigo) e chamei todo mundo pra ouvir.
falei que quem cantava era o tal, e perguntei o que eles acharam. m. não achou nada demais e foi embora. j. disse que ok, ele não canta tão mal e eu não detestei a música (argh). z(7) disse que gostou e ficou cantarolando o refrão a tarde toda.

a partir desse dia, eu deixei de controlar a qualidade das coisas que eles escolhem. se eles querem ler di*rio de um banana, vai lá. se quer ver moranguinho, vai. se quer ouvir música melequenta (na minha opinião), vai.
eles vão. eles formam a opinião deles. se eles gostam, eles gostam. ué. quem sou eu para dizer que assim ou assado? a vida não é deles? meu papel é guiar, ajudar, nunca colocar num caminho que eu escolhi.

e todos os dias, eu ainda preciso me lembrar disso.
sim, ainda.
quando m. reclama que eu estou ouvindo the beatles de novo (ela detesta). ou quando j. quer ver um filme que eu acho muito idiota. ou quando z. coloca uma roupa toda furada, manchada e que não combina pra ir passear. ou quando c. decide que não vai jantar por uma semana, só comer uma fruta.
e tantas outras vezes……

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Preparando uma viagem

Há meses compramos um pacote para a nossa próxima viagem.
Viajamos segunda, em 4 dias.

De lá pra cá passamos boa parte do tempo pesquisando as coisas que queremos fazer, os lugares que queremos ver, os restaurantes que queremos visitar, as coisas que queremos trazer, os presentes que queremos comprar e o dinheiro que a gente pode gastar.

Desde então as crianças aprenderam muito sobre pesquisas na internet, sobre planejamento, sobre dinheiro.

M(11) resolveu (meio em cima da hora, é verdade) vender alguns brinquedos dela para poder comprar mais algumas coisas no nosso destino. Os meninos, por outro lado, ficaram felizes e satisfeitos com o dinheiro que a avó mandou.

Z(7) perdeu o chapéu, e ele vai precisar muito durante a viagem. Não tinha mais dinheiro daqui para comprar. Eu poderia ter feito, mas ele não pediu e nem fez questão, disse que preferia comprar. Então resolveu trabalhar em casa para poder comprar o chapéu. Comprou. Mas ainda está trabalhando. O chapéu foi mais barato do que a gente imaginava, então provavelmente vamos pagar a mais pra ele.

Desde quando faltavam 15 dias, começamos a fazer a contagem regressiva. Todos os dias, eles olham e vibram. Resolvi, na verdade, colocar a contagem na lousa porque eles ficavam, todos os dias, perguntando quantos dias faltavam. E eram os 4. Várias vezes por dia. Eles nem lembravam mais se tinham perguntado hoje ou ontem ou semana passada e confundiam tudo. Eu falva "23 dias" e eles respondiam que isso era ontem, mas na verdade, eles tinham perguntado hoje.

Todos os dias eles têm tarefas para fazer, como arrumar a mochila, separar a roupa da viagem, arrumar alguma coisa que precisa estar no lugar durante a viagem e eles fazem felizes, porque o dia está chegando.

Até C(3), que parecia tão desinteressada, hoje me perguntou se eu estava arrumando a mala para ir no avião. E queria pegar a mala e sair.

Os maiores estão mortos de ansiedade pelos filmes do avião: Hobbit 3, Into the Woods, Night at the Museum, Penguins of Madagascar, Maleficent…..

Mas ainda assim, todo o trabalho de pesquisa fina ficou para a mãe. Um dia, um dia….

terça-feira, 5 de maio de 2015

Borboletas

A gente comprou uma muda de milkweed (o dicionário diz flor de cera como tradução) pra ajudar a manter a população de borboleta monarca. 

A muda cresceu muito, quadruplicou em tamanho e hoje abriga mais ou menos 30 lagartas. 
As flores que viraram bolinhas peludas ainda dão arrepio nas crianças, mas eles adoram ficar por ali.

A gente conseguiu ver em primeira mão as borboletas chegando no quintal. Eram muitas. E os ovinhos. Vimos aqueles pontinhos verdes amarelados aparecendo. Vimos as lagartas recém saídas dos ovos, vimos elas crescendo, formando crisálidas. Vimos lagartas morrendo, crisálidas que não deram certo. Vimos as folhas irem acabando, e outras nascendo. Vimos lagartas comendo e lagartas fazendo cocô. Encontramos joaninhas comendo pulgões. Descobrimos que as borboletas não colocam ovos quando os pulgões estão lá e tiramos o galho infestado. Vimos a cor das lagartas mudarem, de amarelo clarinho pra amarelo quase laranja. As crianças me mostraram onde é a cabeça e onde não é. Encostamos nas lagartas, sentimos a textura. Mudamos algumas de galho. Torcemos para o vento parar, a chuva parar, para que as crisálidas sobrevivam, e as lagartas não caiam. Contamos as lagartas, as crisálidas.
E agora a gente torce para que elas consigam virar borboletas.

quinta-feira, 30 de abril de 2015

10 dias depois…..

Eu devia escrever mais, até pra guardar pra lembrar o quanto eles aprendem no nosso dia-a-dia desestruturado, mas não lembro de bloggar e esqueço o que eles fizeram.

Hoje o pai me disse que está preocupado, que eles não estão aprendendo nada, que eles estão perdendo a velocidade na hora de fazer contas, etc.
Hummmm….. é meio verdade. Eles perderam a velocidade, sim. Mas eles ainda conseguem fazer as contas. Agora, por que eles precisam ser rápidos em fazer contas? Eu, por exemplo, sou bem devagar com números, e eu fui pra escola e sempre fui muito boa em matemática.  Essa parte da matemática é prática, mesmo. Se a gente não pratica, a gente perde. Não que a gente desaprenda, mas a gente precisa de um tempo pra relembrar. Ou alguém ainda sabe fazer tudo o que usou no vestibular?
Eles deixaram um pouco os números de lado, mas ainda usam a matemática do dia a dia, como ver horas, pesar ingredientes, formas, contas. Talvez eles nunca aprendam a tirar o mínimo múltlipo comum, mas será que isso vai afetar negativamente a vida deles?

Os meninos saíram um pouco da matemática teórica, mas andam interessados em ciências, graças a um amigo querido que adora.
Fazem juntos experiências com ímãs, conversam sobre eletricidade, materiais, e milhares de outras coisas que eu não lembro.

Nos últimos tempos, os meninos começaram a fazer pão pra família. A gente tem uma máquina de pão ruinzinha, que não assa direito. Então, eles colocam os ingredientes na máquina, deixam ela sovar e depois colocam nas formas pra assar. Fazem quase todos os dias.
Também tomam café sozinhos, então eles fazem o café deles e o da C(3). Quando eu acordo, eles já tomaram café e estão ou jogando videogame ou vendo um filme. C ainda está comendo, geralmente.

Z(7) curte bastante fazer comida. Ele ajuda bem, e se vira super bem na cozinha. J(10) não gosta muito, mas se vira também. Hoje, por exemplo, dei tomates pra um e pepino pro outro e pedi pra cortar. Cortaram tudo bem cortado, enquanto conversavam.

M(11) continua muito interessada em culinária e artes. Faz mil tipos de bolos diferentes. Essa semana também fez gummies, que são gelatinas, mesmo, mas mais durinhas. Ela procura receitas sozinha, vê se a gente tem os ingredientes, faz tudo sozinha, até lava a louça. Nossa lista de compras agora tem mais coisas escritas por ela do que por mim. Comida, mesmo, ela faz muito pouco, mas não é por não saber fazer. Sempre vem ajudar quando eu estou fazendo, mas detesta lavar a salada por medo de ter algum bichinho. Ela também consegue dobrar/cortar pela metade qualquer receita super rápido.

Sempre vem perto e fica perguntando por quê eu faço isso assim e aquilo daquele jeito, ou por quê eu coloco isso quando vou fazer isso, etc. Vejo isso como uma mudança muito boa, porque ela nunca foi questionadora. Sempre aceitava tudo como verdade e vivia só seguindo o que os outros falavam sem nunca saber o motivo.
Ela fala que não quer fazer pinturas, mas sempre que eu pego as tintas pra C brincar, M vem também e começa.
Anda desenhando muito. Vira e mexe vou ao quarto dela e lá está ela, caderno e lápis, fone na orelha ouvindo música. Concentradíssima, na maioria das vezes nem percebe que estou por lá.
Agora está trabalhando em um presente de aniversário pra avó e um presente pra madrinha. Está há dias espalhando lã de feltragem pelo quarto, fazendo milhares de coisas, testando outras tantas até chegar a um resultado satisfatório. Até C quis fazer, de tanto que M se diverte fazendo essas coisas. Hoje acabamos o dia as três no chão do quarto com agulha, lã e esponja em mãos.

C(3), então, aprende tudo em uma velocidade incrível! Tanto o inglês quanto o português dela estão cada dia melhor. A coordenação dela, acredito, é muito avançada. Ela ama ajudar na cozinha, então já faz um tempo que ela que corta batata e cenoura. Também é ela quem corta os nossos frios e queijos. Não fica tudo lindo, mas ela faz certinho. Se eu peço pra cortar em quatro pedaços, ela corta em quatro pedaços. De vez em quando sai um com 5, ou 6, ou 3, mas ainda assim, quase sempre ela acerta. Se eu peço pequenininho, ela corta pequenininho. Ela me vê costurando, fazendo molde ou cortando molde/pano e sempre quer fazer igual. Já tenho pra ela umas folhas de molde pra cortar, alguns pedaços de pano e ela fica lá, perto, mas na dela, enquanto eu estiver lá. Corta o tecido, coloca alfinetes e me dá pra costurar na máquina. Também fica brincando de pular e dar cambalhota. Agora, a brincadeira da vez é se pendurar. Vive pendurada na barra, em algum braço, na maçaneta, no carrinho do mercado.

Outra coisa que a gente comprou foi uma corda,  bem comprida e pesada. A gente chega a ficar uma hora lá fora e eles pulando, pulando, pulando. Meu braço fica que não aguento de dor, haha, mas é uma delícia ver que eles se divertem - e se exercitam - assim. E, claro, usam a corda pra fazer balanços (e a gente tem uma balança no quintal), se pendurar, fazer cabo de guerra, limbo (ou era mambo?).

Ainda tem mais um monte de coisas que eles fizeram que eu não escrevi, porque esse post está muito longo.

Eu, quando vejo essa lista, fico é orgulhosa de ver quanta coisa eles estão aprendendo. Mas aprendendo de verdade, na hora deles, e por eles, sem ninguém ficar em cima, cobrando. Vejo todas as matérias ali, misturadas.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Rotina - ou a falta de.

Quando eu lia revistas e sites sobre maternidade, todo lugar me falava que rotina é a melhor amiga das mães e das crianças. Sem ela, o caos é inevitável, bla bla blá.
E eu sempre acreditei. Então sempre tive uma rotina. Uma rotina diária (horários das refeições, banho, leitura, TV, parque, etc), a semanal (mercado, visitas, passeios, etc), a mensal (visitas, compras, etc). 
Meus filhos eram tranquilos, sempre sabiam o que ia acontecer e, realmente, quase nunca davam trabalho. Eu é que sempre tinha uma neura em manter a rotina e, muitas vezes, me estressava.

Daí começamos o homeschooling. 
E, bom, gente abandonou a rotina. De verdade, não temos mais. Nossos dias podem ser muito parecidos por vários dias seguidos, mas aí mudam completamente.

A gente acorda, cada um, na hora que quer. A gente come, cada um, na hora que quer. A gente faz as coisas que precisam ser feitas, não as coisas que estavam programadas.

O almoço pode ser ao meio dia, ou pode ser às 3 da tarde. De vez em quando, nem temos almoço. Os meninos, que acordam mais cedo, comem um sanduíche ou frutas e o resto vai até a janta.

O jantar é a única refeição em que a gente come junto, a mesma comida, todos os dias. 

Claro, tem aulas com dias marcados, tem consultas médicas, tem dentista, tem viagem, tem visitas, e coisas que são pré agendadas, mas o resto do dia não tem mais que seguir nenhuma rotina certa.

E o que eu quero dizer com isso tudo?
Bom, meus filhos continuam dando pouco trabalho. Eles (e a gente, os pais) não sabem o que vai ser do dia, mas eles não estressam por causa disso. Se eles querem ir à biblioteca hoje, e amanhã resolverem ir de novo, tudo bem. Se o tempo estava feio e a gente resolver não ir ao parque, tudo bem. Mas se abrir o tempo, a gente pode resolver ir, assim, de uma hora pra outra. Eles continuam as mesmas crianças e o caos não tomou conta. 
A gente conversa, avisa. Por exemplo, a gente pode avisar que hoje a gente precisa ir ao mercado e que nós vamos depois do almoço. Então eles se preparam pra ir ao mercado psicologicamente e não vão dar chilique. Mesmo sem estar "no dia de mercado".
Liberdade não tem preço. Pra mim, claro, foi ótimo poder comer porque está com fome, e não porque é hora de comer. E pra eles também. Eles estão aprendendo a ouvir os sinais do corpo, de sono, de fome, de banheiro, de social. Se eles estiverem com fome, eles vão comer porque estão com fome, não importa a hora. Se eles estão sem sono, ué, eles não precisam ir pra cama às 9 da noite, mas que talvez fosse legal eles deitarem porque no dia seguinte a gente vai acordar cedo pra fazer alguma coisa. Se eles estão com saudades dos amigos, eles vão atrás e ligam, ou mandam email ou convidam pra vir aqui porque eles quiseram. 
E eles estão desenvolvendo habilidades que vão desde programação, conversa, argumentação e resiliência. Só por causa dessa falta de rotina.

Para a gente, foi maravilhoso jogar a rotina pro ar. E me arrependo de não ter feito isso antes!

Mais sobre leitura

M(11), quase toda noite, chama C(agora 3) pro quarto e fala:
- Story time!

C vai correndo, toda feliz, repetindo "Story time!" e ficam as duas na cama. M lê, C fala, comenta, mas fica lá deitada o tempo todo, até M cansar de ler e dizer que chega.

M era tão insegura na leitura que não lia nada, nem o preço das coisas. Acho lindo ver o quanto ela anda mudando e crescendo e aprendendo.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Nesses dias….

Tivemos a festa do J(agora 10).

Essa foi a festa mais fácil de fazer.
O bolo oficial foi meio ruim, difícil de fazer, mas eu e a M(11) fizemos em algumas horas. Fiz humus na noite anterior e pronto.

Eu e ela ainda fizemos um bolo de maçã simples, que ficou bem gostoso, mas as crianças não gostaram muito (haha, digam bolo de adulto).
De resto, eles fizeram maionese, lanches, cortaram palitinhos de legumes.

Enquanto eu e o pai arrumávamos os ovinhos no lugar, eles arrumaram o deck, a mesa, as bebidas, os copos….
Estava tudo pronto uma hora antes da festa. Incrivelmente.

E a gente vê, assim, o quanto eles são capazes.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Dos momentos "inúteis"

Estavam os 4 vendo Moranguinho. C(2) mudou a língua pra espanhol. E eles continuaram assistindo.
Dali a pouco, eles começaram a morrer de rir:
- Mãe, ela falou "senhor Cara Larga"!
Senhor Cara Larga = Mister Long Face

Em português, claro, a tradução não seria essa, mas eles acharam muito divertido que espanhol usa a mesma palavra do português, mas que fica tão "engraçado".
De quebra, aprenderam "fresa".

domingo, 29 de março de 2015

Leitura

Leitura é uma preocupação minha.
Eu quero que meus filhos saibam ler. E que gostem. E que saibam ler, entender e analisar.

J(9) e Z(7) aprenderam a ler muito cedo, sozinhos e lêem muito, muito bem em português e inglês. Devoram livros muito rápido. Z(7) lê, mas ainda não consegue entender muito livros longos. Por enquanto, prefere quadrinhos e livros de não ficção (sim, tipo enciclopédia).
Os dois vivem pra lá e pra cá lendo um livro sobre pássaros da Nova Zelân*dia, ou dicionário, ou sobre mitologia grega, ou barcos, ou pokém*ons. E ficam falando o que leram.

M(11) foi aprender a ler depois que saiu da escola, com 9 anos. Quero dizer, ela lia. Se ela visse uma placa e tivesse tempo pra parar e pensar, ela lia. Mas nunca pegava uma revista, jornal ou livro pra ler. Claro, ela tinha 9 anos, não conseguia ler uma palavra enquanto os irmãos mais novos conseguiam num piscar de olhos. Daí que começou a ler, aos poucos. Pegava um livro na biblioteca, eu ou o pai lia com ela. E pegava uns livrinhos bobinhos, pra criancinha, mesmo, pra ela ler sozinha. Ela foi aumentando sozinha. Até que chegou uma época, no primeiro ano de homeschooling, em que ela pediu pra eu ler um certo livro e eu disse que não queria porque não gostava da série (era Little House in the Big Woods). Então ela deixou pra lá. Mas ela queria saber a continuação. A gente tinha lido os 3 primeiros livros juntas.
Mas ela mesma continuou pegando livros pra ler sozinha. Eles foram aumentando aos poucos, de livros de criancinha pra livros com mais letras que desenhos, pra livros com 5, 6 capítulos, pra livros grandes. E um dia, estávamos na biblioteca e ela viu a continuação do Little House. Falei pra ela pegar e ler. Ela disse que não conseguia, era muito grande e difícil. Falei pra ela pegar e tentar, se ela não conseguisse, eu lia.
Pois ela pegou, leu. Leu o outro e o outro.
E agora, esse ano, uma amiga disse pra ela ler Perc*y J*ackson e ela pegou. Mas parece que não gostou. Já está com ele há 8 semanas e ainda não terminou. Falei com ela que é normal não gostar de um livro ou outro, que não quer dizer que ela não sabe ler.

C(2) já é uma figura. A gente pega um livro pra ler e ela quer ler. Ela lê, com as pausas da pontuação, a pausa da virada de página, a mudança do tom de voz. Ela gosta de ficar olhando os desenhos/fotos e falar "elefante, maçã, girafa, sol, azul, grande….", mas não se interessa pela história. Se a gente começa a ler, ela sai de perto e vai fazer outra coisa. Mas quando ela está com os meninos e eles estão lendo, ela fica igualzinha a eles, com um livro aberto na mão, virando as páginas, como quem está lendo tudinho.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Sobre ajudar em casa.

Eu comentei que estava tentando parar de ficar mandando as crianças ajudarem na casa, né?

Pois então, já deu uma bela melhorada.

Eu vou pra cozinha, M(11) vem junto e pergunta o que ela pode fazer. Não gosta de lavar a salada - deve ser trauma de ter encontrado tanta lesma. ahah. Mas já corta tudo com uma destreza linda de se ver.

Z(7) veio, também, duas vezes. Uma vez ele começou a arrumar a mesa depois do jantar sem ninguém ter pedido nada. Da outra, veio e ficou atrás de mim. Perguntei se ele precisava de alguma coisa e ele respondeu que estava querendo ajudar. Guardou a louça, descascou alho e cortou cenoura.

C(2) é uma coisa. Qualquer um vai pra cozinha e ela pega o banco, leva e sobe. E quer fazer tudo. Tudo é tudo. Ela descasca, corta, separa tudo bonitinha. Um dia desses ela estava cortando cenouras pra mim (ou eram pimentões?) e perguntou se estava bom. Pedi pra cortar menor, bem pequenininho. E ela cortou. 3 cenouras. E queria ajudar mais, mas cansou antes de terminar o primeiro salsão.

J(9, quase 10) é que é meu problema. Não levanta. Se puder não fazer nada, ele não faz. Daí hoje eu estava passando aspirador na casa e ele veio perguntar se podia assistir Star Wars. Disse que sim, mas que antes eu ia arrumar a casa - aspirador, pano, pó e guardar as coisas no lugar. Ele começou a ajudar. Claro, ele ajudou pra eu terminar logo e ele poder assistir, mas mesmo assim…. Guardou tudo, passou pano e viu o filme todo feliz.

terça-feira, 17 de março de 2015

Já atrasando….

Bom, as coisas aqui deram uma leve mudada.
Encontramos um "professor" unschooler.
As crianças maiores foram uma vez.

M(11) não gostou. Era a mais velha, ficou meio sozinha, não achou que valeu a pena acordar cedo e não foi mais.
J(9) e Z(7) amaram. Já estão na terceira (ou quarta?) vez e adoram. Arrumam a mala felizes, vão dormir felizes, acordam felizes, e saem felizes. O melhor, voltam felizes.

Eles brincam, andam, exploram o local, conversam com crianças da mesma idade e fazem exercício.

Enquanto os meninos saem, ficamos as meninas em casa. A gente vai ao parquinho (se está sol), cozinha, dá uma arrumada na casa, vê filme, dança, brinca.

quinta-feira, 5 de março de 2015

Lendo?

Hoje estávamos jogando UNO.

C. tem 2 anos e 10 meses. Queria jogar. Os mais velhos fizeram aquela cara, mas aceitaram.
Ela sentou comigo e jogou no meu colo.

Então, a pessoa antes dela jogava uma carta e eu falava:
- Joga a azul/amarela/vermelha/verde.

Ela jogava.
 - até então, eu achava que ela só sabia rosa e amarelo -

Teve uma vez em que ela precisava jogar a carta azul, e a carta azul que estava na mão dela era o dois.
Falei pra jogar a azul. Ela protestou:
- Não quero jogar o dois!

Confia. Confia que eles aprendem.

Chores

Aqui, os trabalhos de casa são chamados "chores".

Em casa, as crianças têm seus trabalhos. Por exemplo, cuidar do seu quarto, dar comida e água pro cachorro, levar pra passear, esvaziar a máquina de lavar louça, dar água pras plantas, guardar suas roupas. Também fazem comida quando querem/precisam.

Ah, mas tudo causa taaaaanta discussão, tanta briga.
Ando repensando em tudo isso.

Fiquei sem pedir ajuda por 3 dias. Sem pedir pra guardarem a roupa, ou esvaziarem a máquina, ou darem água pra Lemon.

No primeiro dia, ninguém nem levantou. Continuaram fazendo o que estavam fazendo. No segundo dia, eu precisei pedir pra abrirem a porta pra mim, desenrolarem a mangueira e mais uma coisa, e eles vieram rindo e felizes. No terceiro dia, Z. veio várias vezes me perguntar se eu precisava de ajuda e ajudou quando era alguma coisa que ele queria fazer. M. veio e fez várias coisas durante o dia. Já J. só fez o que o pai pediu, porque o pai acha que tem que fazer e ponto.

Hoje é o dia 6. Vamos ver.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Querendo aprender….

Meus meninos amam o R obo Cl ub. 
Eles quiseram fazer, sem eu precisar ficar mandando. E eles amaram.

Esse termo, a classe deles foi cancelada por falta de interesse. Eles estavam chateados, mas OK, né? 
Daí fomos levar a M. na aula de desenho e descobrimos que estava tendo o grupo lá. Meio diferente, sem a robótica, com mais foco em engenharia. E eles quiseram entrar no grupo.

Amanhã tem aula. E eles ficam felizes.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Piscina - nossa "aula" de hoje

Hoje fomos à única piscina salinizada da região, e depois a um parquinho por lá.

Foi um dia bem cheio de aprendizado. Aprenderam sobre o sal e sua ação antimicrobiana, física (temperatura e ótica), transgênicos, passarinhos e a lei do mais forte, sol e ainda se exercitaram um monte enquanto aprendiam. Isso fora as coisas que aprenderam por si e não compartilharam comigo.

No parquinho, ouviram um pouco de espanhol, encontraram outras crianças falando outra língua diferente, e aprenderam (ou vivenciaram) mais sobre as coisas que um parquinho tem pra oferecer - física, matemática, biologia.

Claro que nem todos os dias são assim. Mas mesmo em dias em que a gente não faz "nada", alguma coisa foi vivenciada. Eles aprendem coisas nos lugares mais inusitados. E nos mais comuns também.

Assim vamos ganhando mais confiança no que estamos fazendo.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Voltando?

Quero voltar a postar, pelo menos um post por semana, porque é o meu jeito de lembrar o que eles fizeram.

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Hoje eles saíram das férias e voltaram à vida normal.
Vida normal aqui não é muito diferente das férias. A única diferença é que eles fazem umas páginas de um livro de exercícios.

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Começamos a andar.
Eles sempre passearam com a Lemon, mas eram passeios pequenos (10 minutos, no máximo). Desde semana passada estamos andando por uma hora ou mais. Eles ajudam a pensar em como a gente pode aumentar o caminho, quando vamos passear, quem vai levar a Lemon, etc.

Nos primeiros dois dias, eles sofreram. Nos primeiros 20 minutos, eles estavam bem cansados. Nos últimos, já andaram a uma hora sem nem perceber.
Hoje foi diferente, que fomos mais cedo e o sol estava muito, muito quente. Em 10 minutos estávamos todos mortos de cansaço.

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Compramos uma piscina. No primeiro mês, eles não saíram de lá. Era todo dia. Hoje já faz uma semana que a piscina está abandonada.

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Antes, isso quer dizer antes da gente começar a pedir pra eles fazerem os livros, eles AMAVAM jogos tipo sudoku, palavras cruzadas, etc.
Daí compramos um livro pra eles e pedimos pra eles fazerem.
Não demorou 3 meses pra todos os 3 pegarem aversão a qualquer coisa do tipo.

Agora, pensando em como fazer (ou não fazer) pra eles voltarem a gostar….